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SINTOMAS
DA CODEPENDÊNCIA
Constantemente
vemos noticias de esposas que foram espancandas, agredidas e até
mortas, por seus maridos alcoólatras. Mães e avós
que foram roubadas, agredidas, desrespeitadas por seus filhos e netos
dependentes de drogas e que nunca reagiram, ao contrario, justificam o
comportamento deles de forma compreensiva e passiva. Pensamos,”como
elas suportam tanto sofrimento?” ficamos com pena delas e não
percebemos que elas estão tão ou mais doentes do que seus
familiares!
A Codependência é uma condição específica
que se caracteriza por uma preocupação e uma dependência
excessivas (emocional, social e a vezes física), de uma pessoa
em relação à outra, reconhecidamente problemática.
Depender tanto assim de outra pessoa se converte em uma condição
patológica que caracteriza o codependente, comprometendo suas relações
com as demais pessoas. Em pouco tempo o codependente começa a achar
que ninguém apóia a pessoa problema (como ele), que ambos
são incompreendidos, ele e a pessoa problemática, ambos
não recebem o apoio merecido, etc.
O Codependente tem seu próprio estilo de vida e seu modo de se
relacionar consigo próprio, com os demais e com a pessoa problemática.
Devido sua baixa auto-estima, ele sempre se preocupa mais com os outros
do que consigo mesmo (pelo menos aparentemente).
Veja abaixo alguns sintomas e atitudes e se reconhecer em si próprio
ou em alguém, procure ajuda profissional.
1. Dificuldade para estabelecer e manter relações íntimas
sadias e normais, sem que grude muito ou dependa muito do outro
2. Congelamento emocional. Mesmo diante dos absurdos cometidos pela pessoa
problemática o codependente mantém-se com a serenidade própria
dos mártires.
3. Perfeccionismo. Da boca para fora, ou seja, ele professa um perfeccionismo
que, na realidade ele queria que a pessoa problemática tivesse.
4. Necessidade obsessiva de controlar a conduta de outros. Palpites, recomendações,
preocupações, gentilezas quase exageradas fazem com que
o codependente esteja sempre super solícito com quase todos (assim
ele justificaria que sua solicitude não é apenas com a pessoa
problemática).
5. Condutas pseudo-compulsivas. Se o codependente paga as dívidas
da pessoa problemática ele “nunca sabe bem porque fez isso”,
diz que não consegue se controlar.
6. Sentir-se responsável pelas condutas de outros. Na realidade
ele se sente mesmo responsável pela conduta da pessoa problemática,
mas para que isso não motive críticas, ele aparenta ser
responsável também pela conduta dos outros.
7. Profundos sentimentos de incapacidade. Nunca tudo aquilo que fez ou
está fazendo pela pessoa problemática parece ser satisfatório.
8. Constante sentimento de vergonha, como se a conduta extremamente inadequada
da pessoa problemática fosse, de fato, sua.
9. Baixa autoestima.
10. Dependência da aprovação externa, até por
uma questão da própria auto-estima.
11. Dores de cabeça e das costas crônicas que aparecem como
somatização da ansiedade.
12. Gastrite e diarréia crônicas, como envolvimento psicossomático
da angústia e conflito.
13. Depressão. Resultado final
Parece um nobre empenho ajudar a outras pessoas que se estão se
autodestruindo, como no caso dos alcoolistas ou dependentes químicos,
do jogo ou do sexo compulsivos. Entretanto, se quem ajuda se esquece de
si mesmo, se entrega à vida da outra pessoa problemática,
então estamos diante da Codependência. A dor na Codependência
é maior que o amor que se recebe e se uma relação
humana resulta prejudicial para a saúde física, moral ou
espiritual, ela deve ser desencorajada.
Na realidade a codependência é uma espécie de falso-amor,
uma vez que parece ser destrutivo, tendo em vista que pode agravar o problema
em questão. Todo amor que não produz paz, mas sim angústia
ou culpa, está contaminado de codependência, é um
amor patológico, obsessivo e bastante destrutivo. Ao não
produzir paz interior nem crescimento espiritual, a codependência
cria amargura, angustia e culpa, obviamente, ela não leva à
felicidade. Então, vendo desse jeito, a codependência aparenta
ser amor, mas é egoísmo, medo da perda de controle, da perda
da relação em si.
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